A guerra na Ucrânia, que entrou esta terça-feira no 118.º dia, foi desencadeada pela invasão russa de 24 de fevereiro, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho
A Ucrânia recebeu e integrou no seu arsenal lança obuses autopropulsionados Panzerhaubitze (PzH) 2000, enviados pela Alemanha, anunciou esta terça-feira o ministro da Defesa ucraniano, que prometeu “aquecer o campo de batalha” com as novas armas.
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“Os Panzerhaubitze 2000 fazem finalmente parte do arsenal de obuses de 155mm da artilharia ucraniana” , disse Oleksiy Reznikov na rede social Twitter, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Reznikov agradeceu os esforços da Alemanha para ajudar militarmente a Ucrânia.
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Subscrever As armas alemãs chegaram à Ucrânia após semanas de negociações entre Kiev e os seus aliados ocidentais para receber “armas poderosas” capazes de repelir os ataques russos na região do Donbass, no leste do país.
“Os nossos artilheiros vão aquecer o campo de batalha” , disse Reznikov, que ilustrou o anúncio com uma foto de dois PzH 2000 em ação.
Panzerhaubitze 2000 are finally part of 155 mm howitzer arsenal of the Ukrainian artillery.
I appreciate all efforts of my colleague #DefMin Christine Lambrecht in support of .
Our artillerymen will bring the heat to the battlefield !
Photo by BMVg_Bundeswehr pic.twitter.com/mP5M0BApvO
– Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) June 21, 2022
A Alemanha tinha anunciado, no início de maio, que iria fornecer sete PzH 2000 à Ucrânia, mas sem especificar quando é que as entregas ocorreriam.
As autoridades Berlim ainda não confirmaram a entrega dos PzH 2000, nem o número de unidades que já estão na Ucrânia.
Os PzH 2000 são fabricados pela empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann (KMW).
As unidades destinadas à Ucrânia provêm dos ‘stocks’ de manutenção do exército da Alemanha, disse a ministra da Defesa, Christine Lambrecht, no início de maio.
Além do envio das armas, a Alemanha ofereceu o treino dos militares ucranianos para a sua utilização.
Os PzH 2000 alemães serão adicionados a outras cinco armas do mesmo tipo que os Países Baixos anunciaram recentemente que forneceriam a Kiev.
O Governo de Olaf Scholz tem sido severamente criticado na Alemanha, mas também por parceiros europeus como os Estados Bálticos e a Polónia, que consideram o seu apoio militar à Ucrânia demasiado tímido.
Após limitar a sua ajuda a armas defensivas, Berlim decidiu finalmente enviar equipamento pesado e também anunciou, no final de abril, que iria fornecer a Kiev 15 tanques do tipo “Guepard”.
A guerra na Ucrânia, que entrou esta terça-feira no 118.º dia, foi desencadeada pela invasão russa de 24 de fevereiro, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
A Rússia designa oficialmente a ofensiva na Ucrânia como uma “operação militar especial”.
Ao lançar a operação, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava a responder a um pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, cuja declaração unilateral de independência tinha reconhecido dias antes.
Donetsk e Lugansk integram a região do Donbass, cujas forças separatistas pró-russas lutam contra a autoridade de Kiev desde 2014, com apoio de Moscovo.
A guerra separatista no Donbass começou na mesma altura em que a Rússia invadiu e anexou a península ucraniana da Crimeia.
A invasão da Ucrânia foi criticada pela generalidade da comunidade internacional.
A União Europeia (UE) e vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e Japão, têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido equipamento militar à Ucrânia.